Então lembre-se que quando frear você deve estar atento para o que pode vir a ocorrer, desta forma é possível tomar a atitude
correta para evitar o tombo. Abaixo uma lista de dicas para ajuda-lo neste setor.
SUBIDAS
Aí... subidas! Sim subidas. No Mountain Bike subidas são parte integrante e não podem ser vendidas separadamente.
O segredo para subir é: gostar de subir, mas se você não é um apaixonado por subidas aqui vai algumas dicas:
- Comece devagar e vá aumentando o ritimo a medida em que sobe.
- Ao começar a subir comece também a respirar mais profundamente, pois os músculo tem uma pequena reserva, que nos dá uma
falsa sensação de força e quando esta acaba ficamos ofegante e odiando subir.
- Cadencie a sua respiração em consonância com as pedaladas assim você não esquece de respirar o suficiente, um método que
uso é fazer a inspiração e expiração em dois turnos: quando a perna direita pedala faço meia inspiração aí dou uma pequeníssima
parada e quando a perna esquerda começa a pedalar inicio a segunda parte da inspiração e faço o mesmo para a expiração.
Além do fator físico, há ainda o fator piso, pois subir por uma estrada asfaltada, larga, não precisa-se nada mais do que
força e obstinação, mas quando encontramos pedras, buracos e outras "cositas más" a coisa fica preta se vc tem pretensão de
subir pedalando.
Em piso com muita pedras soltas:
O melhor método é subir sentado, com bastante giro em marcha bem leve e com velocidade superior a 6 km/h, desta forma conseguimos
sempre alguma tração o que possibilita vencer este tipo de obstáculo, mas isto exige muito fôlego, então a sua performance
técnica vai depender da sua condição física.
Em piso com algumas pedras soltas:
Nesta situação vc não precisa subir tão rápido quanto na situação acima descrita, basta ficar atento e desviar das pedras
maiores.
Em piso escorregadio:
Este tipo de piso exige a mesma técnica descrita para piso com muitas pedras, principalmente se houver uma camada de lama.
Se não houver lama e o pneu da sua bike estiver em boas condições talvez seja possível subir sem tanta velocidade que o
método descrito exige.
Dica: Caso haja mato na beirada ou no meio da via, utilize-se desta parte, pois aí há mais aderência.
Subidas com grande inclinação
Neste tipo de via o difícil é manter a roda dianteira no chão, se o piso for duro e de grande aderência ele talvez permita
pedalar em pé, o que soluciona o problema e ainda melhora a performance, mas quando a aderência é baixa esta solução não funciona,
pois a roda traseira patina, então é necessário subir sentado com o tórax inclinado sobre o guidom.
Pedalando em pé
Nem todos conseguem pedalar em pé, mas esta é uma opção interessante para vencer ladeiras íngremes, entretanto existem
alguns detalhes que se devem levar em conta:
- Ao pedalarmos em pé aumentamos automaticamente o esforço. Caso o seu condicionamento não esteja ok, diminua o esforço
ao pedalar em pé, uma forma de monitorar isto é ver sua velocidade antes de começar a pedalar em pé e mante-la ao pedalar
em pé.
- Se houver pedras soltas tome cuidado, pois passar por cima de uma com a roda traseira quando se está pedalando em pé pode
causar um tombo.
MARCHAS
Características
Infelizmente o sistema de marchas de uma Mountain Bike é um tanto complicado, porém com o surgimento de uma
mudança indexada e mostradores junto as alavancas de mudança é possível cambiar com precisão e rapidez.
Para podermos visualizar melhor vamos tomar como exemplo as marchas de um automóvel:
Para esforço usamos as 1as marchas e para velocidade as ultimas, assim também ocorre com a bike,
entretanto em um automóvel você usa uma única alavanca para selecionar as marchas, enquanto na bike há duas alavancas. Acontece
que, no automóvel, existe um mecanismo, que se chama trambulhador, ele é que faz a mudança dentro da caixa de cambio através
de diversas alavancas quando você seleciona qualquer marcha, na bike não existe este mecanismo, então você tem que escolher
qual engrenagem usar na frente e atras para ter a marcha desejada.
As Mountain Bikes tem 3 engrenagem na frente junto aos pedais as quais chamamos de corroa e até 9 engrenagens
(logo serão dez) junto a roda traseira as quais chamamos de catraca ou pinhão e o conjunto delas de cassete, assim obtemos
de 15 à 27 marchas.
Mas para que tantas marchas?
Poderíamos aqui discorrer sobre forças mecânicas e tudo o mais, porém isto será exaustivo para uma simples
iniciação, então vamos ao básico:
Ao girarmos os pedais devagar fazendo muita força estamos forçando ligamentos, músculos etc. e ao contrário
se giramos demais há um desgaste maior de energia e das articulações, desta forma deduzimos que deve haver uma faixa adequada
giros. Esta faixa para o Mountain Bike lazer fica entre 45 e 85 rpm(rotações por minuto), assim um cassete com vários pinhões
pode proporcionar mudanças mais suaves.
Indexação e indicação
O sistema indexado é quando com um toque no manete de mudança se muda apenas uma marcha, assim não é preciso
"achar" a marcha e nem acertar a corrente na engrenagem para esta não fazer barulho.
Os câmbios mais atuais tem indicado junto ao manete de mudança a engrenagem selecionada, sendo as coroas
numeradas da menor para a maior e os pinhões do maior para o menor,
Coroa menor – 1
Coroa média – 2
Coroa grande – 3
Pinhão maior – 1
~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~
pinhão menor – 9 (este numero depende da quantidade de engrenagens
que sua bike possui atras)
seqüência
A primeira marcha é a coroa menor com o pinhão maior o que daria o numero 1&1, ou seja coroa 1 na frente e pinhão 1
atrás e a ultima marcha 3&9, ou seja coroa 3 grande com pinhão 9 menor(com um cassete de 9 pinhões), estas são as duas
marchas que podemos definir sem conhecimento da seqüência de marchas de uma Mountain Bike. Saiba mais sobre a seqüência das
marchas no final desta página em: Sistema avançado de utilização das marchas.
Mudanças
A mudança de marchas deve obedecer uma regra: mudar de marcha girando os pedais sem colocar força, isto é o mesmo
que pisar na embreagem do seu automóvel.
Uma mudança de marcha silenciosa indica que ela foi feita da maneira correta, se fizer barulho, cuidado sua corrente
pode quebrar.
O momento mais critico é quando se precisa fazer uma redução em subida, para não forçar a corrente durante a mudança de
uma acelerada com a marcha atual, para então aliviar a força feita nos pedais, sem deixar de gira-los, enquanto se reduz a
marcha, a operação de aliviar a força e mudar de marcha, deve ser feita ao mesmo tempo, se por qualquer motivo você não possa
executar esta ação é recomendável que você pare, desça da bike e faça a mudança parado girando os pedais com a mão.
Utilização básica
A maneira mais simples de se utilizar um cambio é a seguinte:
Use a coroa pequena (nº 1) para subidas pesadas
Use a coroa média ( nº 2) para planos e subidas leves
Use a coroa grande ( nº 3) para planos rápidos e descidas.
Atenção: para evitar um desgaste prematuro do conjunto (corrente e engrenagens) ou até uma quebra de corrente não use
as seguintes marchas:
Para 6 pinhões |
Para 7 pinhões |
Para 8 pinhões |
Para 9 pinhões |
1&6
3&1 |
1&6 e 1&7
3&1 e 3&2 |
1&6, 1&7 e 1&8
3&1, 3&2 e 3&3 |
1&7, 1&8 e 1&9
3&1, 3&2 e 3&3 |
Sistema avançado de utilização das marchas
Para se obter toda a performance do cambio é necessário o conhecimento prévio de todas as relações existente na sua Mountain
Bike, isto pode ser obtido contando o numero de dentes de cada coroa e cada pinhão e depois fazer as operações aritméticas
necessárias. Com estes dados em mãos forme a seqüência de marchas de sua bike., para facilitar as coisas fornecemos
a tabela completa de relações em HTML e também em arquivo Excel, onde você pode simular as marchas da sua bike e obter o fator de multipilcação,
rpm por km/h e km/h por rpm, compactado no formato Zip.
tabelas_marchas_bike.zip - utilize este formato se você tiver o Winzip instalado em seu computador
tabelas_marchas_bike.exe - utilize este formato (c/ auto descompactador) se você não possuir o Winzip
Depois de obter a sequencoa de marchas da sua bike, você verá que há marchas bem próximas ou até mesmo iguais, para não
se esquecer desta seqüência anote em um papel, plastifique e cole-o no guidom da bike. Isto é necessário? Tem utilidade?
Vamos mostrar algumas situações:
Lá vem subida! Você se prepara, respira fundo olhando para a subida e procura decidir qual marcha
usar, mas você não conhece esta adversária, pois é a primeira vez que a vê e ela parece ser bem acentuada e não dá para saber
o tamanho dela, bem aqui vai um lembrete: a mudança mais difícil em uma subida é a da frente (coroas). Então você começar
a subir com a Buzolina (nome carinhoso para a coroa pequena) para não ter problemas no meio da subida. Inicialmente
você usa a marcha 1&3 e logo sente que esta é leve demais e passa para a 1&4 e a coisa melhora.
Quando você se deparar novamente com esta subida que marcha você vai usar já no começo?
1&4 você responde, e eu lhe digo a marcha 2&1 fica (na seqüência) entre estas duas com uma diferença de apenas
7%.
Etâ retão gostoso! Você vem embalado de uma descida com 3&7(cassete com 7 pinhões) engatada a
uns 38 km/h, mas suas pernas não conseguem manter a velocidade e o Cateye(ciclocomputador) começa a mostra números menores
37, 36, 35... click! Muda-se uma marcha para 3&6. Chiii! Os números no Cateye continuam a diminuir 33, 32, 30... click!
Mais uma marcha (3&5), no visor do Cateye um numero se fixa 28,5, mas se você sente que se a marcha fosse pouca coisa
mais leve seria melhor, então click, você engata a 3&4 e se arrepende, pois a marcha é muito leve e a velocidade cai para
26,8 km/h, então você volta para a marcha que estava e ela ficou mais pesada ainda, pois sua velocidade é menor agora, mas
você faz força e consegue ir a 28 km/h. teria uma marcha intermediária? Sim a marcha 2&5 fica exatamente entre a 3&4
e a 3&5 (exemplo baseado em um cambio de 21 velocidades)
Conclusão para quem gosta de detalhes e aproveitar o máximo sua potencialidade, independente de quanto seja esta, saber
a seqüência das marchas pode ser útil sim!